03 Mar 07 Parque Nacional da Gorongoza
No dia seguinte fomos tomar o pequeno-almoço e lá estava o Rui Veloso com malas e bagagens pois partiu nesse dia e surpresa das surpresas durante o pequeno-almoço apareceu o Soro com o seu instrumento.
Como é normal num recinto em que estão reunidas várias pessoas num ambiente descontraído, há sempre algum ruído de fundo provocado pelas conversas nas diferentes mesas mas quando o Soro começou a tocar, reparei que de uma maneira muito progressiva e natural se fez um silêncio absoluto para se ouvir o som que imanava daquele instrumento muito rudimentar.
Parecia um pequeno arco para flechas cujo fio era uma precinta de seda. Ele colocava a precinta da ponta do arco junto da boca aberta e na outra extremidade colocava a mão como se coloca no braço de uma guitarra. Na outra mão segurava um pau com uma maraca no meio, e fazia roçarem o pau da maraca no pau do arco. Com a maraca marcava o ritmo e depois variando a posição da outra mão e a abertura da boca fazia o instrumento funcionar. Era divino!
Não é possível descrever o som que se ouvia, apenas dizer que era muito diferente e muito agradável ao ouvido.
Quando o Soro acabou a sua actuação foi muito aplaudido e o Rui Veloso não resistiu à tentação de experimentar o instrumento. Era tarefa difícil mas depois com a ajuda do Soro lá conseguiu retirar uns sons. Muito original e único!
Depois do pequeno-almoço e das despedidas ao Rui, lá fomos visitar o parque com o Vasco Gallante a conduzir o jipão. Visitamos alguns dos lugares do parque com interesse e tivemos explicações detalhadas sobre a vida animal, a vida e história do parque, todo o projecto de reabilitação que o mesmo está a sofrer e sobre todos os objectivos que se comprometeram atingir para o parque. Muito curiosa foi a visita que fizemos com o nosso guia, o Chico, à furna próxima do rio Pungué onde está projectado um Spa no futuro. Íamos todos com os pólos do Parque, parecendo os escuteiros Mirins. Só a Fátima não se atreveu a passar o rio. Apesar das áreas dos Tandos estarem alagadas e não podermos visitar a zona onde se concentram os animais do parque, foi um dia muito bem passado.
Regressados aos alojamentos, foi tomar um banho, apreciar o fim da tarde, e jantar. Após o jantar foram as despedidas e fomos todos descansar pois o despertar no dia seguinte era às 04:30. Ainda não suspeitávamos mas seria longo e difícil.
Etiquetas: Um parque mítico renasce para o futuro.
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